o brasileiro QUER ter um hobby (e merece!) mas o sistema obriga a ser infeliz e desgraçado. meu maior sonho é a gente ter nosso direito de desconectar igual os australianos e abolir a escala 6x1. se eu ficar aqui eu vou espumar falando sobre isso, mas deixarei uma indicação de livro que aborda perfeitamente sobre.
voltando ao que eu estava falando, o brasileiro tenta, por diversas formas, ter um hobby e boa parte deles é feita num refeitório do trabalho ou no busão.
a grande maioria aproveita seus hobbies no busão. é essa verdade. no refeitório não da tempo, quando tu pega a manha já bateu o horário e você precisa entrar. mas, no busão… ah…
eu já li alguns livros no ônibus e no trabalho, mas não foram coisas tão pesadas quanto vocês imaginam. foram divertidas! juro. foram interessantes, pelo menos ao meu ver, tiravam a rotina do dia pelo menos 30% porque ficava pensando o que iria acontecer na próximas páginas.
não, eu não vou indicar dark romance, por favor, não saia dessa newsletter, porfav—
obrigada!!!!
vamos lá
❋ pequena coreografia do adeus, da aline bei
sim, comecei com paulada, tirei o humor dessa newsletter e te dei um daddy issues para segurar no colo. eu li no ônibus. eu CHOREI no ônibus, conheci uma garota que também tinha lido. COMUNIDADE LEITORAS CHORONAS!
o livro é curtíssimo, apesar do tamanho. te pega de um jeito porque a protagonista sofre mais que a juliette e muitas vezes você vai se identificar SIM com a bichinha porque a maioria das famílias brasileiras são desestruturadas.
❋ o acordo, elle kennedy
o livro é singelo, muuuuuito singelo. eu queria um romance, bem água-com-açúcar e tive, viu? muito gostoso. mas nada compara a ter a cara feito um PIMENTÃO num refeitório de trabalho quando tem a cena que eles estão tentando e não tá rolando porque estão tímidos. é a vida real, parças. sally rooney? pffff, eu prefiro ver uma jovem adulta ainda fã de one direction não querendo dar o braço a torcer de que tá afim do cara riquinho com daddy issues.
❋ qualquer um da colleen hover
“bia mas vc não disse que não lê mais colleen?” eu DISSE e sigo dizendo porque de fato não leio mais. quando conheci o leituromisto vulgo alexander eu estava lendo “é assim que começa” e de fato a duologia é muito interessante, me fez ver que minha vida era miserável em relacionamentos anteriores.
mas você lê os outros livros e… sei lá, não tem o rolê. não bate. é gente horrível com tenebrosa. o famoso “tem de merda, tem de cocô” e sei que esse é o rolê de ler narrativas diferentes, conhecer outras perspectivas, mas não faz sentido ler um livro que o casal tem 16 anos, engravida a menina na primeira vez, quando nasce bate um carro e o bebê que tinha chamado de sacudo, morre. é muita desgraceira sem sentido junta.
enfim, empolguei, mas a questão é que eu li 2 livros no busão e ele é um imã de leitoras. muitas mesmo, conheci umas 15 indo e voltando pra casa quando morava no interior (foco!!! no interior!!!).
no fim, quando eu aparecia com o próximo livro dessa lista, o livro era considerado pior do que o da colleen. não vou entender.
❋ tudo é rio, carla madeira
ATENÇÃO isso não é uma crítica, pelo amor de deus eu AMO a Carla, ela é simplesmente deusa da escrita pra mim (e fazemos aniversário próximas, beijo carla) e assim como o livro da aline bei, tbm me arreganhou num ônibus chorando e eu NÃO TINHA QUEM FOFOCAR!!!!!!
diferente do da colleen, eu não encontrei quem tivesse interesse de ler. muitos falavam “ai tem violência”??? tem literalmente um livro com pura violência da outra… ai, vou me controlar.
o ponto é que o que a carla traz nesse livro é uma realidade que vive em muitas mulheres: aquela que não aparece mais nos jantares de familia, aquela que abdica da própria voz para realizar um desejo de ter família, aquela que acredita que as coisas vão melhorar.
você não precisa concordar, óbvio, mas que o livro rende boas reflexões sobre sociedade e relacionamentos familiares, rende!
por isso, é um dos meus favoritos da autora. não, pera, é outro favorito.
❋ obsidiana, jennifer l. armentrout
olha… não me leve a mal, mas a sinopse continha uma menina que é leitora e blogueira, se muda pro interior e conhece dois aliens gostosos que viram anjos católicos quando tiram seus corpos físicos gostosos me fez desejar ler.
eu ri muito. DEMAIS lendo esse livro. você sente vergonha de andar com esse livro nos braços por conta dessa capa horrorosa. o conteúdo é divino, tal qual o clássico jovial de vampiro feminino que parece embalagem de absorvente mas muito charmoso. eu tenho um apreço enorme por livros assim, pois a gente encontra o ouro.
basicamente a protagonista é tratada igual lixo pelo vizinho gostoso, porém, ele chama ela sem querer várias vezes de… gatinha.
ele tem uma irmã super legal e ajuda ela ser mais “cool” e conforme eles andam juntos, ela pega um pouco da essência alien deles no dna (não faz sentido, é tipo como se ligassem luz azul nela e ela estivesse mijada, mesmo tomando banho) dai existem aliens malignos que querem matar ela, por que… sei lá, eu foquei muito que eles estavam num slow burn (nome pra um romance meia-bomba que ninguém sabe o que quer, até porque eles só se beijam no final desse livro) e quando ele tirava a camisa ficava 2 capítulos inteiros só falando sobre isso e como ele era inútil intelectualmente.
MAS nas batalhas foi curioso, ele tirava a skin (o corpinho) de humano e virava luz. é isso.
não to zoando. é isso. dai ela falava “uau, um anjo” e eu ficava me mijando de rir porque ele parava a luta pra ficar se amostrando.
juro, é incrível. porém, no segundo volume fica mais morno e se você não tem paciência pra slow burn meia bomba, logo abandona.
é isso, espero que você tenha gostado dessa newsletter polêmica, porém, educativa. tome cuidado com seu kindle, viu?
se inscreva na newsletter e por favor, deixa um curtir ali só pra saber que você gostou? beijocas!
Não sei dizer quantos anos eu voltei no tempo com esse gif! Kkkkk Eu simplesmente amo ver gente lendo no ônibus , metrô, mas não faço isso, morro de medo. Além de enjoar, uma vez meu pai disse que o Pelé descolou a retina lendo no carro ou algo assim. Sim, uma informação totalmente aleatória, que eu sequer sei se é verdade, mas me traumatizou. Rsrs
amo seus gifs <3